No dia 20 de fevereiro de cada ano, é comemorado o Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Álcool. A campanha é abordada nacionalmente com o intuito de orientar e conscientizar a população sobre os prejuízos do consumo excessivo de bebidas alcoólicas e os danos que o uso de drogas podem provocar no organismo de quem faz uso constante dessas substâncias, prática que tem crescido regularmente no país ao longo dos anos.

Em 18 de setembro de 2023, o Ministério da Saúde publicou um novo relatório da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico - VIGITEL Brasil 2023, com dados coletados desde 2022. O relatório demonstra um aumento substancial do consumo abusivo de álcool em comparação com anos anteriores. A taxa entre a população geral aumentou de 18,4% para 20,8% entre 2021 e 2023 (Fonte: Centro de Informações sobre Saúde e Álcool).

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define o alcoolismo como uma doença crônica que pode resultar em diversas complicações médicas, como a cirrose. Essa condição ocorre quando uma pessoa faz uso excessivo do álcool, substância considerada lícita, apesar de os prejuízos que podem causar a saúde humana.

Quanto mais álcool a pessoa ingere, menos o seu corpo está sensível a ele, ou seja, o alcoolista precisa beber cada vez mais para sentir a falsa sensação de satisfação. Os principais sintomas apresentados, que servem como sinal de alerta, incluem: desejo recorrente pelo uso da bebida, diminuição da tolerância ao álcool, abstinência e irritabilidade por falta da bebida.

Existem diversos motivos que podem levar ao alcoolismo, variando de fatores genéticos até pressões sociais. É possível observar que, em muitos casos, a pessoa busca uma rota de fuga dos seus problemas e dilemas individuais, pois o álcool é uma substância psicoativa que age diretamente sobre o cérebro, alterando seu funcionamento e percepções, provocando assim uma sensação temporária de alívio e bem-estar. Sendo assim, o tratamento para o alcoolismo não deve levar em conta apenas a dependência em si, mas também tratar a causa inicial da busca pelo álcool.

Assim como ocorre com o uso abusivo de álcool não existe um só motivo para que uma pessoa comece a usar drogas, para a Organização Mundial da Saúde (OMS) a dependência de drogas lícitas e ilícitas é um problema de saúde publica, que deve ser tratado com importância e cuidado pelo governo de cada nação. Segundo a OMS cerca de 5% da população mundial entre 15 e 64 anos faz uso de drogas ilícitas, como maconha, cocaína, crack, entre outras.

O Relatório Mundial Sobre Drogas 2023, divulgado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), demonstrou um crescimento de 23% no número de usuários de drogas em um período de 10 anos, já o número de pessoas que sofrem de transtornos decorrentes do uso de drogas cresceu em 45%.

O governo do Estado do Paraná oferece alternativas gratuitas para o tratamento de dependentes alcoólicos e químicos que buscam uma mudança de vida. Caso você precise de auxílio ou conheça alguém que esteja buscando ajuda, pode procurar os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) ou as unidades de saúde, que serão responsáveis por encaminhar o paciente para os devidos tratamentos, existe a opção de grupos de mutua ajuda e alcoólicos anônimos que prestam auxílio para quem precisar, conforme tabela abaixo.

Para mais informações sobre onde buscar ajuda, o Governo do Estado também disponibiliza o Núcleo Estadual de Política Sobre Drogas, que pode fornecer as informações necessárias sobre como conseguir ajuda, pelo telefone (41) 3313-1646, e-mail: politicasobredrogas@sesp.pr.gov.br.

Pesquisa realizada por Ervelin Lima da Costa.