Nesta segunda-feira (10), o Centro Estadual de Política Sobre Drogas (CEPSD) esteve presente no Centro de Integração Social (CIS) do Departamento de Polícia Penal (DEPPEN) para dar início à terceira edição do Projeto Vida Nova.

O projeto tem como objetivo realizar atividades, palestras e rodas de conversa que estimulem a reflexão sobre os desafios relacionados ao uso de drogas, ao tráfico e à exploração da mão de obra feminina em contextos de vulnerabilidade social, emocional e psicológica.

Com duração prevista de 12 encontros, o Projeto Vida Nova estrutura-se por meio de rodas de conversa e grupos de autoajuda, conduzidos com base no método dos "12 Passos" da Pastoral da Sobriedade, apresentado pelo palestrante José Augusto Soavinski, e na abordagem do empoderamento feminino, desenvolvida pela voluntária Zaira Sachetti. Embora tenha a espiritualidade como um de seus pilares, o projeto não possui caráter religioso.

Para o delegado de polícia e coordenador do CEPSD, Renato Figueiroa, o projeto representa um importante avanço na ressocialização das mulheres privadas de liberdade: “O Projeto Vida Nova exerce papel fundamental na reconstrução de trajetórias e na prevenção da reincidência criminal. Essa iniciativa promove a reflexão sobre escolhas passadas e abre espaço para novas perspectivas de futuro.”

José Augusto Soavinski destacou igualmente a relevância do trabalho realizado: “Aplicar os 12 passos da Pastoral da Sobriedade no sistema prisional é uma oportunidade singular para estimular reflexões profundas e transformações positivas na vida dessas mulheres. O caminho da sobriedade envolve autoconhecimento e superação, e estamos aqui para apoiar integralmente esse processo.”

Para a voluntária Zaira Sachetti, participar do projeto é uma experiência transformadora e ter a oportunidade de trabalhar o empoderamento de mulheres que foram privadas não apenas de sua liberdade, mas de tantas outras oportunidades, é um desafio que transcende o profissional, enfatizou a palestrante.

A diretora do Centro de Integração Social, Marilu da Costa, externou a importância de iniciar a terceira turma do projeto, proporcionando um processo de reintegração mais digno e fortalecido para as mulheres privadas de liberdade.

O Projeto Vida Nova continua em desenvolvimento, comprometido em oferecer um ambiente acolhedor e de apoio às participantes, favorecendo a reflexão e a construção de novas perspectivas de vida. Nesta terceira edição, encontra-se em fase avançada a concretização de parcerias voltadas à capacitação profissional e ao encaminhamento para oportunidades de emprego para as mulheres egressas.